Diana Vinagre

Violoncelo barroco & direcção artística

 

Após a conclusão dos seus estudos na Academia Nacional Superior de Orquestra em Lisboa, na classe de Paulo Gaio Lima, o interesse que alimenta ao longo de vários anos pela interpretação historicamente informada leva Diana ao Conservatório Real de Haia na Holanda. Na classe de Jaap ter Linden obtém os diplomas de Licenciatura e Mestrado em Práticas Históricas de Interpretação com distinção, tendo recebido a Top Talent Scholarship. Durante o seu período de estudo foi membro da Orquestra Barroca da União Europeia e integrou o Jerwood Project com a Orchestra of the Age of Enlightenment.

Desenvolve uma actividade intensa com vários dos mais renomados agrupamentos de música antiga como a Amsterdam Baroque Orquestra, a Cappella Mediterranea, L’Arpegiatta, Les Arts Florissants, Orchestra of the 18th century, Le Cercle de l’Harmonie, B’Rock, Ludovice Ensemble, Holland Baroque, Al Ayre Español e Divino Sospiro, trabalhando sob direcção de músicos como René Jacobs, Bartold Kuijken Leonardo Garcia Alarcon, Ton Koopman, Enrico Onofri, Laurence Cummings, Christina Pluhar, Frans Bruggen, e Lars Ulrik Mortensen. Apresenta-se regularmente nas salas de concerto mais importantes da Europa, tanto em contexto orquestral como camerístico, entre os quais se destaca o Concertgebow de Amsterdão, as óperas Garnier e da Bastilha em Paris, Scala de Milão, Barbican Center, Palau de la Musica de Barcelona, Philarmonie de Paris e Royal Albert Hall, assim como nos principais festivais de música antiga, como o de Utrecht, Aix-en-Provence, Ambronay e Brugges.

Ao longo dos seus anos de actividade, participou em várias gravações para diferentes estações de rádio, como a Antena 2, Klara, BBC e France Musique, e cadeias de televisão especializadas como Mezzo, Arte e Culturebox, assim como registos discográficos para etiquetas como a Alpha, Ricercare, Sony e Winter & Winter.

Em 2009 funda o Ensemble Bonne Corde especializado em repertório setecentista para violoncelo, tanto instrumental como vocal, dedicando-se de forma activa na recuperação de repertório inédito dos períodos barroco e clássico. Neste contexto destaca-se o trabalho de pesquisa e execução de repertório sacro português da segunda metade do século XVIII e início do século XIX, tendo este sido o tema central da pesquisa doutoral de Diana na Universidade Nova de Lisboa (INET-md) sob orientação do Professor Rui Vieira Nery. Em 2021 funda, juntamente com a contrabaixista Marta Vicente, a orquestra barroca Real Câmara que, sob direcção do maestro e violinista italiano Enrico Onofri, se dedica à recuperação de património musical português.